sábado, 11 de janeiro de 2014

TRAGÉDIA NA REGIÃO SERRANA: APÓS 3 ANOS CIDADE TEM 40 MIL EM RISCO E 120 DESAPARECIDOS

As chuvas varreram bairros inteiros na região serrana em 2011Fábio Mota / AE
Os primeiros dias de 2011 foram trágicos para o Rio de Janeiro. Entre a noite do dia 11 e a madrugada de 12 de janeiro, um temporal devastou cidades da serra fluminense. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro. A enxurrada fez encostas deslizarem e ruas virarem rios. A maior tragédia natural do País deixou mais de 900 mortos e 350 desaparecidos. Passados três anos, mais de 40 mil pessoas ainda ocupam áreas de risco. Dos desaparecidos, ao menos 120 mortos nunca foram encontrados, segundo o Ministério Público.
A força das chuvas afetou Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal. À época, todos decretaram estado de calamidade pública. Segundo levantamento recente do governo do Estado, três delas lideram o ranking de cidades em “perigo”. Em Friburgo, cerca de 20 mil pessoas em 5.000 casas permanecem em risco iminente. Em Petrópolis, são 18.000 moradores e 4.500 imóveis. Teresópolis tem 1.300 residências e 4.940 cidadãos sob ameaça de deslizamentos e desabamentos.
O temporal de 2011 deixou cerca de 7.000 famílias sem teto. Hoje, quase 6.000 ainda vivem com aluguel social do governo ou em casa de parentes. Em três anos, segundo a Secretaria de Obras, foram entregues 966 moradias — a previsão inicial era de ao menos 4.000 até meados de 2013. Apenas Nova Friburgo recebeu os imóveis.
Segundo o governo do Rio, as obras habitacionais na região representam investimento de R$ 527 milhões, que foram, e ainda serão, destinados à construção de 4.414 casas no total. Outras 1.366 famílias foram indenizadas após a tragédia.
Sirenes de alerta e contenção de encostas
Cidade mais devastada pela tragédia, Nova Friburgo registrou quase a metade do número de mortos e teve bairros completamente destruídos, incluindo o centro. De acordo com a prefeitura, a cidade passou por etapa de reconstrução, com levantamento de muros e contenção de encostas. Além disso, recebeu sirenes de alerta contra chuva em 20 localidades de risco e ganhou 196 pontos de apoio nos bairros com áreas de risco.
Ainda segundo a gestão municipal, as cerca de 20.000 pessoas que ainda vivem em áreas perigosas “sempre moraram nestes locais”. Contudo, a Defesa Civil da cidade diz acreditar que, com as obras de contenção e o sistema de alarmes, um episódio como o de 2011 pode ser minimizado em até 80%. Ao todo, somando-se todas as cidades atingidas, segundo o governo do Estado, foram instaladas 84 conjuntos de sirenes.
Em Teresópolis, 17 localidades receberam obras de contenção de encostas e, em Petrópolis, duas. Mais dez encostas serão feitas, ainda este ano, representando investimento de R$ 141,3 milhões. Em parceria com o governo federal, o Estado promete ainda um investimento total de R$ 115 milhões em outras obras que estão em execução, a maioria com entrega prevista no primeiro semestre deste ano.
No ano passado, Petrópolis instalou 39 pluviômetros, somando aos 26 já existentes. Os equipamentos permitem que a Defesa Civil saiba, em tempo real, o local e a intensidade das chuvas. Ao longo do ano, foram feitos testes nas 18 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme. A prefeitura e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) atuam no desassoreamento dos principais pontos de retenção nos rios de Petrópolis. A prefeitura ainda contratou empresa para demolir 1.840 m² de imóveis que ofereçam riscos elevados. Em 2013, cerca de 30 imóveis já foram demolidos.
Suspeita de desvio de verba
Os meses e anos seguintes à enxurrada foram marcados ainda por desvios de verbas destinadas à reconstrução dos municípios. Antes do fim de 2011, gestores públicos passaram a ser investigados. Os supostos golpes envolviam milhões de reais. Em 2013, o ex-prefeito de Nova Friburgo Dermeval Barboza Moreira Neto foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça Federal. Ele teve de devolver aos cofres públicos aproximadamente R$ 1 milhão, além de ter se tornado inelegível por oito anos.
Houve também registro de escândalo envolvendo verba voltada para a construção e reformas de escolas nas regiões afetadas pela tragédia. Segundo a CGU (Controladoria Geral da União), havia suspeita de desvio de R$ 1,9 milhão.   Já em Teresópolis, foram instaurados inquéritos para apurar o superfaturamento de obras e a contratação de empresas de engenharia que prestaram serviços ineficientes ou já executados por outras empresas. A prefeitura negou qualquer irregularidade. O Ministério Público passou a apurar paralelamente a suspeita de improbidade administrativa em. Na ocasião, a Prefeitura de Petrópolis afirmou desconhecer qualquer investigação contra o município.

JK MESQUITA: ATRASO NA OBRA DA CRECHE

Foto do ano de 2012 da creche que está sendo construída ao lado da Vila Olímpica, aqui no Cosmorama.

Mais de dois anos de atraso na entrega da obra e os moradores ainda descrentes na entrega da creche num curto período de tempo.

MORRE O EX- PREMIÊ ISRAELENSE ARIEL SHARON AOS 85 ANOS

MORRE O EX- PREMIÊ ISRAELENSE AOS 85 ANOS
 (AP)
O ex-premiê israelense Ariel Sharon morrreu neste sábado (11), aos 85 anos, nas proximidades de Tel Aviv, segundo o hospital Sheba, em que ele estava internado.
A informação foi confirmada pelo gabinete do premiê Benjamin Netahyahu.O hospital afirmou que ele morreu pacificamente, ao lado da família.
O quadro de saúde do ex-premiê vinha apresentando uma piora acentuada desde o início do ano.
Segundo os médicos, ele apresentou uma insuficiência renal que afetou outros órgãos vitais.
"Ele se foi, ele foi quando decidiu ir", declarou seu filho Gilad no hospital, ao agradecer aos cuidados da equipe médica.
Um funeral de estado já está sendo programado.
Ex-general e líder da direita, Sharon estava em condição vegetativa desde o derrame que sofreu em 4 de janeiro de 2006, quando ainda comandava o governo.
Os movimentos palestinos, adversários políticos de Israel, celebraram a morte de Sharon.
Mas não houve comentários imediatos por parte do presidente palestino Mahmoud Abbas, que vem mantendo negociações de paz com o atual premiê Netanyahu, sob mediação dos EUA
Ele surpreendeu e colocou sob suspeita o sonho do “Grande Israel” ao executar, como primeiro-ministro, a saída militar israelense do território palestino da Faixa de Gaza em 2005, de maneira unilateral, após 38 anos de ocupação.Trajetória
Ex-general e líder da direita, com fama de “falcão”, Sharon era um personagem impetuoso e tenaz, com físico imponente e humor mordaz, pouco cuidadoso com o financiamento das campanhas eleitorais.
Antes de revolucionar o panorama político israelense, foi o braço direito do fundador histórico da direita nacionalista, Menahem Begin, que chegou ao poder em 1977.
Sharon foi casado duas vezes e teve três filhos. Seu primeiro casamento, com Margalit, de origem romena, aconteceu em 1953. Ela morreu em 1962 em um acidente de carro. Em 1967, o único filho dos dois, Gur, morreu em um acidente com uma arma.
No ano seguinte, ele se casou com Lily, irmã de Margalit. Os dois tiveram dois filhos - Gilad e Omri. Lily morreu em 2000 em decorrência de um câncer de pulmão.
Um dos filhos de Sharon, Omri, seguiu os passos do pai na política e já foi membro do Parlamento Israelense.
Carreira militar
Sharon - cujo nome de batismo era Ariel Scheinermann - nasceu em Kfar Malal, nos territórios palestinos, em 27 de fevereiro de 1928, quando a região ainda estava sob domínio britânico. Sua família era procedente de Belarus.
Sharon ingressou ainda jovem na organização militar judaica Haganah, aos 17 anos, tornando-se comandante de unidade na Guerra Árabe-Israelense (1948-1949).
Ele lutou desde a criação do Estado, em 1948, obtendo uma reputação de soldado destemido, ficando conhecido por sua atuação dura e pela recusa ocasional em receber ordens. Ficou ferido em combate duas vezes.
À frente da unidade 101 dos comandos e depois das unidades de paraquedistas, liderou as chamadas "operações de punição", a mais violenta das quais terminou em 1953 com a morte de quase 60 civis na localidade palestina de Kibia.
Ele liderou ainda uma tropa paraquedista durante a Guerra de Suez, em 1956, passando ao posto de general na época.
Em 1969, Sharon debilitou por muito tempo a resistência em Gaza com operações dos comandos, o que o tornou uma figura odiada pelos palestinos.
Durante a guerra de outubro de 1973, voltou a demonstrar suas capacidades militares ao atravessar o canal de Suez e cercar o exército egípcio com uma manobra ousada.
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon em fotografia feira em Jerusalém em de janeiro de 2006. (Foto: Eliana Aponte/AFP)Sharon em Jerusalém em janeiro de 2006.
(Foto: Eliana Aponte/AFP)
Política
Como político, ganhou o apelido de "Bulldozer" (escavadeira ou trator), por ser duro com seus adversários e ser capaz de levar seus projetos até o fim.
Eleito no fim de 1973 para o Parlamento israelense (Knesset)  por um novo partido do qual era membro fundador, o direitista Likud, renunciou no ano seguinte para atuar como conselheiro de segurança de Yitzhak Rabin, então primeiro-ministro.
Foi reeleito para o Parlamento em 1977 e apontado ministro da Defesa por Menachem Begin em 1981.
Em 1982, sem informar oficialmente ao primeiro-ministro Begin, do qual era considerado um "braço direito", enviou as Forças Armadas israelenses para Beirute, finalizando a expulsão da Organização pela Libertação da Palestina do Líbano.
A ação - uma interminável e desastrosa invasão do Líbano para tentar expulsar Yasser Arafat, o dirigente histórico palestino - resultou na morte de centenas de palestinos nas mãos de milícias cristãs aliadas de Israel, em dois campos de refugiados em Beirute que estavam sobre controle israelense. Os incidentes ficaram conhecidos como os massacres de Sabra e Shatila.
Uma investigação oficial o declarou culpado de não ter previsto nem impedido os massacres. Ele teve que renunciar ao cargo em 1983.
Em 28 de setembro de 2000, sua visita à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, terceiro local sagrado islã, provocou indignação. No dia seguinte explodiu a segunda Intifada – revolta civil dos palestinos contra a ocupação israelense.
Mas Sharon considerou a situação apenas uma pequena batalha de uma “guerra de 100 anos” contra o sionismo e Israel. Com a promessa linha-dura de esmagar a revolta palestina, foi eleito de maneira triunfal primeiro-ministro em 6 de fevereiro de 2001 e reeleito em 28 de janeiro de 2003.
Fervoroso partidário da colonização israelense dos territórios palestinos, em 2005 ele surpreendentemente organizou a retirada de Gaza e o desmantelamento das colônias instaladas na região, após um controle militar de 38 anos no território.
Até então, ninguém havia se atrevido a tocar na política de colonização para desmantelar assentamentos.
O mais surpreendente foi a decisão ter partido daquele que foi o paladino da colonização. Mas Sharon concluiu que Israel tinha que renunciar a manter todos os territórios conquistados na guerra de 1967 se desejava continuar sendo um “Estado judeu e democrático”.
Algumas decisões provocaram o ódio dos palestinos, a irritação da comunidade internacional e muitas críticas em Israel. Mas, com a retirada de Gaza, foi elogiado.
Depois dela, Sharon deixou o Likud e estabeleceu o partido Kadima, de centro. Ao mesmo tempo, planejava novas retiradas israelenses da Cisjordânia.
Ele parecia caminhar para uma reeleição fácil quando sofreu o derrame em 4 de janeiro de 2006 e foi afastado do cargo. Representantes do movimento palestino Hamas disseram, à época, que a doença era um "sinal de Alá".
Sharon foi substituído por seu vice, Ehud Olmert, eleito premiê poucos meses depois.
Pouco depois de seu derrame, o homem forte de Israel passou a cair no esquecimento, preso a uma cama de hospital e velado pela família. Seu nome era citado apenas de maneira esporádica pela imprensa local.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

JK MESQUITA: MESQUITA GANHA UM FILIAL DAS CASA E VIDEO

MESQUITA - Foi um dia de alegria e muitas compras em Mesquita. Na manhã de (09/01), foi inaugurado mais um empreendimento na cidade, a loja de departamentos Casa & Vídeo. Com a chegada deste estabelecimento, a Prefeitura, por meio da secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Ordem Pública (Setrades), ganha mais força no objetivo movimentar o comércio local e gerar mais empregos para a população.

De acordo com o secretário da Setrades, Romulo Massasseci, cinqüenta por cento dos funcionários da Casa & Vídeo são moradores da cidade. Outras lojas de peso também foram implantadas no município recentemente, como, Lojas Cem, South, Bob’s e Cacau Show. E ainda estão por vir Subway, Lojas Americanas e o Shopping de Mesquita, entre outros empreendimentos. “Adorei a oportunidade que tive de trabalhar perto de casa e em uma loja de nome como essa”, diz o operador de loja Raphael Sigoles.

O prefeito Gelsinho Guerreiro esteve presente a inauguração e deu as boas vindas aos funcionários e a população que estava entusiasmada para iniciar as compras. O único pedido feito pelo prefeito foi que os munícipes valorizem o comércio local. A moradora Angélica Lontra não perdeu tempo e foi uma das primeiras a realizar as compras. “Nós estávamos precisando de uma loja dessa aqui. Economiza meu tempo e não preciso ir para outro município, além de valorizar mais nossa cidade. Irei voltar mais vezes para comprar”, afirma.


PORTUGUESA VOLTAR A SÉRIE A E REBAIXA O FLUMINENSE

Héverton jogador da Portuguesa (Foto: Futura Press)Héverton, pivô do caso que fez com que o STJD tirasse pontos da Lusa (Foto: Futura Press)
Um torcedor da Portuguesa conseguiu uma vitória na Justiça contra a CBF, para que a Lusa seja mantida na Série A do Campeonato Brasileiro, revertendo decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que tirou quatro pontos do clube por conta da escalação irregular do meia Héverton em jogo contra o Grêmio, na última rodada da competição, no dia 8 de dezembro, no Canindé. 
Daniel Neves, advogado, obteve uma liminar na 42ª vara cível de São Paulo, com o juiz Marcello do Amaral Perino, o mesmo que havia obrigado a CBF a devolver ao Flamengo os quatro pontos  perdidos em julgamento no STJD por caso semelhante ao da Lusa - o Fla usou o lateral André Santos em jogo contra o Cruzeiro, também na última rodada, no Maracanã. A decisão foi publicada no site do Tribunal de Justiça de São Paulo.
CBF se defendeu em nota em seu site oficial. A entidade divulgou 12 processos movidos por torcedores em que foi réu e as causas acabaram extintas, segundo a nota, por "indeferimento da inicial, ilegitimidade ativa da parte autora e por falta de interesse processual".
Em off, um dirigente da CBF explicou que "as liminares não mudam a tabela ainda porque toda liminar é passível de cassação".
Entenda o caso
A Justiça de São Paulo concedeu antecipação de tutela para suspender os efeitos da decisão do STJD) em relação à Portuguesa, restabelecendo os quatro pontos que lhe foram tirados. Com a decisão de devolver os pontos à Lusa e ao Fla, quem cai é o Fluminense. Cabe recurso da decisão.
O Fluminense não é parte na demanda. Mas se ele se sentir juridicamente afetado, pode voluntariamente entrar no caso. Mas é certo que até segunda-feira a Portuguesa dorme na Série A
Daniel Neves, advogado e torcedor da Lusa
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, o juiz Marcello do Amaral Perino entendeu que nos dois casos, a decisão da Justiça desportiva desrespeitou o artigo 35, “caput”, e parágrafo 2º do Estatuto do Torcedor. No caso da Portuguesa, Perino afirmou que a data da publicidade da decisão da suspensão de Héverton “se deu em momento posterior ao jogo contra o Grêmio (9/12/2013), conforme demonstrado na exordial, de forma que o referido atleta estava em condições regulares para participar da partida contra o time gaúcho – 06/12/2013”. O número do processo é 1002020-50.2014.8.26.0100.
Em entrevista por telefone, Daniel Neves explicou os próximos passos:
- A CBF será comunicada da decisão. Ela pode contestar essa ação em primeiro grau e entrar com recurso chamado agravo de instrumento aqui mesmo em São Paulo. A CBF tem dez dias para isso. O Fluminense não é parte na demanda. Mas se ele se sentir juridicamente afetado, pode voluntariamente entrar no caso. O que é certo é que, pelo menos até segunda-feira, a Portuguesa dorme na Série A.

SALGUEIRO LEVARÁ A RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E PLANETA TERRA

É mais que um samba. É um sinal vermelho contra a destruição do planeta. Antes de pisar no asfalto da Sapucaí, o Salgueiro quer sentir a delícia da areia, a aspereza da pedra. Quer levar para a avenida o grito da natureza. Neste carnaval, a escola vai falar do planeta Terra e, antes do samba, a escola quer que as pessoas parem para pensar e preste atenção em outros sons.
As águas cantam no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, onde a carnavalesca Márcia Lage veio explicar o enredo da Acadêmicos do Salgueiro. E ela nem precisou de tantas palavras, porque, de repente, chegaram muitos ajudantes, como mostra o RJ
“É uma forma de você dar um endosso naquilo que você quer ressaltar, dos perigos iminentes que a gente está correndo se não abrir o olho em tempo”, diz Márcia Lage.
No céu e na terra. Nos galhos, em toda parte. O carnaval chegou mais cedo para os animais e para as plantas, que já se vestiram de vermelho-salgueiro, plenas de felicidade com a homenagem.
“Não tem como você imaginar que a Terra está lá e você está aqui estanque. Aquela bola azul, você está sobre ela. O enredo quer levantar a bola da bola, né? A gente quer valorizar o planeta que é a casa, a mãe abençoada e a gente. A gente tem sido bem malcriado, né?

CRISE DOS PRESÍDIOS DO BRASIL: MARANHÃO CONCENTRA 1 ENTRE 4 CASOS DE HOMICÍDIOS

Ônibus incendiado no bairro João Paulo (Foto: De Jesus/O Estado)Ataques a ônibus são registrados após ação da PM
em presídios do MA, que registram 26% das
mortes violentas no país (Foto: De Jesus/O Estado)
Maranhão concentra um de cada quatro casos de homicídios em unidades prisionais em 2013 no país. Levantamento feito por jornalistas do G1 pelo Brasil* mostra que 219 mortes violentas foram registradas no período; só o Maranhão contabiliza 58. O dado é quase cinco vezes o registrado no estado em 2012 (12 casos).
O sistema prisional do Maranhão, que tem 4.663 detentos para 3.421 vagas, segundo dados de 2013 do governo estadual, enfrenta uma crise. Brigas de facções têm provocado uma onda de mortes no principal complexo prisional, o de Pedrinhas, que registra quase todos os casos do ano passado. Na quarta-feira (8), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o Brasil apure as recentes violações de direitos humanos e os atos de violência em Pedrinhas.
A onda de ataques teve início na sexta (3) após uma operação da Tropa de Choque no complexo penitenciário. Ônibus foram incendiados e delegacias foram alvo de tiros em São Luís. Em um dos atentados a coletivos, uma menina de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado, morreu após ficar internada em um hospital da capital.
Cronologia dos ataques no MA - Atualizada em 9.1.2014 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A governadora Roseana Sarney disse que serão criadas 2,8 mil vagas no sistema carcerário do Maranhão e que não vê necessidade de uma intervenção. Ela atribuiu ainda a onda de violência no Maranhão ao aumento da população e ao fato de o estado estar mais rico. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, no entanto, é o segundo pior do Brasil.
Nesta quinta (9), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou a elaboração de um plano emergencial para tentar diminuir a violência no sistema carcerário do estado. Ao todo, serão 11 medidas. Entre elas, está a criação de um comitê gestor, gerido pela governadora e supervisionado pelo governo federal, que prevê ações integradas entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
O número de mortes nas unidades prisionais do país impressiona. Fazendo uma comparação, é como se o país tivesse registrado dois massacres do Carandiru no ano (111 detentos morreram, segundo dados oficiais, em 1992 na cadeia de São Paulo, que já foi implodida).
O estado que aparece em segundo lugar na lista de homicídios em presídios é justamente São Paulo, com 22 registros. Logo depois está o Amazonas, com 20. Alagoas e Goiás têm 17 cada um e Ceará, 14.
O levantamento, realizado junto aos governos estaduais, inclui todos os estados do país, com exceção da Bahia, que diz que não é possível aferir o dado antes da próxima terça-feira (14). No entanto, vários incidentes foram registrados durante o ano no estado, incluindo uma briga de detentos durante um banho de sol que deixou um morto. Um preso também foi assassinado por um colega em fevereiro. O dado de mortes, portanto, é ainda maior.
O governo do Rio Grande do Sul diz que nenhuma das 113 mortes em presídios do estado está relacionada a homicídios. O juiz da Vara de Execuções Criminais já contestou o dado oficial, dizendo que há mortes violentas em Porto Alegre. Além disso, em março, detentos morreram baleados no estado. Em novembro, um detento morreu com 30 facadas.
Dados apurados apontam ainda para 128 mortes em 2012 (Bahia, Amazonas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins, no entanto, não responderam à solicitação desse número).
Em oito estados, houve aumento no número de mortes nos presídios. Em sete deles, houve menos registros. Em cinco, o número permaneceu o mesmo.
Durante 2013, foram registrados ainda 80 motins ou rebeliões nos presídios do país. O Pará responde por quase dois terços das ocorrências: 51.
Veja o número de homicídios nos presídios do país em 2013:
Acre - 3
Alagoas - 17
Amapá - 2
Amazonas - 20
Bahia - não tem o levantamento
Ceará - 14
Distrito Federal - 0
Espírito Santo - 2
Goiás -17
Maranhão -58
Mato Grosso - 1
Mato Grosso do Sul - 0
Minas Gerais - 9
Pará - 5
Paraíba - 6
Paraná - 7
Pernambuco - 10
Piauí - 6
Rio de Janeiro - 7
Rio Grande do Norte - 1
Rio Grande do Sul - 0
Rondônia - 0
Roraima - 2
Santa Catarina - 1
São Paulo - 22
Sergipe - 2
Tocantins - 7
TOTAL - 219

MORRE O POETA AMIRI BARAKA NOS EUA

O poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka (Foto: Mike Derer/AP)O poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka
(Foto: Mike Derer/AP)
Morreu nesta quinta-feira (9), aos 79 anos, o polêmico poeta, dramaturgo e ativista americano Amiri Baraka, considerado "o Malcom X da literatura" e apontado como precursor do hip hop. Homem das letras e incansável agitador e militante, ele escreveu poemas influenciados pela cadência do blues e assertivo, além de peças e críticas. A obra o tornou uma força provocadora e inovadora da cultura dos Estados Unidos.

Sua agente literária, Celeste Bateman, afirmou à Associated Press que Baraka, cujo nome verdadeiro era Everett LeRoi Jones, estava hospitalizado desde dezembro no hospital Newark Beth Israel Medical Center.

Talvez nenhum escritor dos anos 1960 e 1970 tenha sido mais radical e polarizador do que Baraka, e ninguém se esforçou mais para levar usar nas artes os debates políticos da luta pelos direitos civis. Ele inspirou pelo menos uma geração de poetas, dramaturgos e músicos, e sua imersão na tradição oral e linguagem crua das ruas antecipou o rap, o hip-hop e a poesia slam (no orinal "slam poetry", espécie de batalha de poetas, que usam microfone, nos moldes das batalhas de MCs).
O FBI o temia ao ponto de "homenageá-lo" com a seguinte idenfiticação: "a pessoa que provavelmente emergirá como o líder do movimento panafricano nos Estados Unidos".

Inicialmente um dos raros negros a se juntar à caravana Beat de Allen Ginsberg e Jack Kerouac, Baraka transformou-se num dos líderes do Black Arts Moviment e aliado do movimento Black Power que rejeitava o otimismo dos primeiros anos da década de 1960. Ele intensificou uma uma divisão sobre como e se os artistas negros deveriam participar das questões sociais.

Desprezando a arte pela arte e a busca por uma unidade entre negros e brancos, Baraka integrou a filosofia que pediu pelo ensino de arte e história negra e que produziu obras que clamavam declaramente pela revolução.

"Queremos poemas que matem", escreveu no seu famoso "Black Art", manifesto publicado em 1965, ano em que ele ajudou a fundar o Black Arts Movement. "Poemas assassinos. Poemas que disparem feito armas/ Poemas que derrubem policiais nas vielas/ E tomem suas armas deixando-os mortos/ com línguas de fora e enviados para a Irlanda". 
Ele era tão eclético quanto prolífico: suas inflências variavam de Ray Bradbury a Mao Zedong, Ginsberg e John Coltrane, um músico. Baraka escreveu poemas, contos, novelas, ensaios, peças e críticas musicais e culturais de jazz. Seu livro de 1963 "Blues people" foi considerado a primeira grande história de música negra escrita por afro-americano.

Um verso de seu poema "Black people!" – "Up agains the wall mother fucker" (algo "mão na parede, filho da puta", em tradução livre") – se converteu num slogan da contracultura. Servia tanto a estudantes que participavam de protestos quanto à banda de rock Jefferson Airplane. Um poema que ele escreveu em 2002, alegando que alguns israelenses tinham conhecimento prévio dos ataques do 11 de Setembro, causou ira generalizada.
Baraka foi denunciado por críticos como bufão, homofóbico, antissemita e demagogo. Outros consideravam-no gênio, profeta e o Malcom X da literatura. Eldridge Clever o saudou como o bardo dos "assuntos funky". Ishmael Reed responsabilizou o Black Arts Moviment por encorajar artistas de todas as origens e permitir a ascensão do multiculturalismo.
O acadêmico Arnold Rampersad o colocou ao lado de Frederick Douglass e Richard Wright no pantão das influências culturais dos negros. "Através de Amiri Baraka, eu aprendi que toda arte é política, embora eu não escreva ensaios políticos, disse o dramaturgo ganhador do prêmio Pulitzer August Wilson.
Publicado originalmente nos anos 1950, Baraka fez barulho na cena literária em 1964, no teatro Cherry Lane, no famoso bairro Greenwich Village, em Nova York, quando a peça "Dutchman" estrou e imediatamente fez história no auge do movimento pelos direitos civis. A montagem de um único ato retrata um confronto entre um homem de classe média negro, Clay, e uma mulher branca sexualmente ousada, terminando com uma discussão repleta de provocações e confissões.
Baraka ainda era LeRoi Jones quando escreveu "Dutchman." Mas a Revolução Cubana, o assassinato de Malcom X em 1965 e as revoltas de Newark em 1967, quando o poeta foi preso e fotografado atordoado e sangrando, o tornaram radical. Jones deixou sua esposa (Hettie Chohen), cortou relações com seus amigos brancos e se mudou do Greenwich Village para o Harlem. Ele trocou o nome para Imamu Ameer Baraka, "líder espiritual e príncipe abençoado", e rejeitou Martin Luther King, dizendo que se tratava de um "Negro que sofreu lavagem cerebral".

O escritor ajudou a organizar em 1972 a National Black Political Convention e fundou o Congresso dos Povos Africanos. Também fundou grupos comunitários no Harlem e em Newark, sua cidade natal, para a qual acabou retornando.
O Black Arts Moviment teve força, essencialmente até meados da década de 1970, e Baraka deixou de corresponder a alguns de seus comentários mais duros – sobre Martin Luther King, sobre os gays e sobre brancos em geral. Mas ele seguiu causando controvérsia. No início dos anos 1990, quando o cineasta Spike Lee estava filmando a cinebiografia "Malcom X", Baraka ridicularizou o diretor como "um pequeno burguês negro", que não fazia jus ao seu personagem.
Em 2002, respeitado o suficiente para ser tido como laureado poeta de Nova Jersey, ele chocou de novo com "Somebody blew up America", poema sobre o 11 de setembro. "Quem sabia que o World Trade Center ia ser 'bombardeado'", escreveu num verso. "Quem falou aos 4 mil trabalhadores israelenses das Torres Gêmeas para ficarem em casa naquele dia?"
O governador James E. McGreevey, assim como outras figuras públicas, exigiram desculpas. Baraka recusou, negando que "Somebody to blew up" fosse antissemita (o poema também ataca Hitler e o Holocausto). Ele condenou a "desonesta, conscientemente distorcida e insultante má interpretação" a obra.
O poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka durante a Convenção Política Negra eGary, Indiana, em 12 de março de 1972 (Foto: Julian C. Wilson)O poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka durante a Convenção Política Negra em Gary, Indiana, em 12 de março de 1972 (Foto: Julian C. Wilson)

SUSPEITO MORRE EM TIROTEIO NO DENDÊ

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) realiza uma operação de combate ao tráfico de drogas no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (10). Um homem morreu em confronto com os agentes, de acordo com a PM.
O suspeito chegou a ser encaminhado ao Hospital Paulino Werneck, no mesmo bairro, mas não resistiu aos ferimentos. Com o suspeito, os agentes apreenderam uma pistola.
As ocorrências estão sendo registradas na 37ª DP (Ilha do Governador).

ASSASSINATOS EM SÉRIE DEIXA CERCA DE 8 MORTOS EM NOVA IGUAÇU

Vários homicídios foram registrados na Baixada Fluminense na madrugada desta sexta-feira (10) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Corpos encontrados no bairro Jardim Nova Era, em Nova Iguaçu (Foto: Guilherme Brito/G1)Corpos encontrados no bairro Jardim Nova Era,
em Nova Iguaç
 













A Polícia Militar foi acionada para atender pelo
menos oito casos de homicídio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na madrugada desta sexta-feira (10). Os crimes ocorreram nos bairros Jardim Nova Era, Comendador Soares, Vila Iguaçuana, Geneciano e Valverde, segundo o 20° BPM (Mesquita), responsável pela área.
Um triplo homicídio foi registrado no bairro Jardim Nova Era, entre as ruas Sérgio Sender e Rebeca Fernandes. As primeiras informações indicavam que um carro passou atirando contra as vítimas, segundo o comando do 20° BPM.
Balas ficaram no chão após morte de três pessoas no bairro Jardim Nova Era, em Nova Iguaçu (Foto: Guilherme Brito/G1)Balas ficaram no chão após crime no bairro Jardim
Nova Era 
Às 10h10, a PM aguardava a chegada dos policiais civis da 56ª DP (Comendador Soares). Segundo moradores, episódios de violência são comuns na região. O comandante do 20º BPM, tenente coronel Almyr Cabral, afirma que os quatro são traficantes. "As facções estão brigando ali, tentando tomar conta do terreno. A PM atua expulsando um grupo e o outro toma o lugar", explica.
De acordo com o tio de uma das vítimas, que preferiu não se identificar, o crime aconteceu por volta das 4h da manhã. "Eles foram tirados de casa por homens da facção rival", disse.
Menos de 24 horas
Os crimes começaram às 8h50 desta quinta (9), na Rua José Cabral, no bairro Valverde, a PM foi acionada para o corpo de um homem que foi encontrado no local, com marcas de tiros.
Outro homem, identificado como Douglas Jean Alves, foi assassinado na Estrada Luís Soares, no bairro Comendador Soares, a cerca de cinco quilômetros, por volta das 15h40. Duas horas depois, um homem foi morto quando saía de casa na Rua João Manhães, na Vila Iguaçuana.
Por volta das 22h30, a PM voltou a Comendador Soares para atender a ocorrência de um homem, identificado como Wellington Castro Chaves, assassinado na Rua Monsenhor Moreira.
Já nesta sexta, um homem foi assassinado no quintal de casa, no número 260 da Rua José Miguez, no bairro Geneciano, por volta de 1h20. O tenente coronel Almyr Cabral afirma que os casos não têm qualquer tipo de ligação. As ocorrências são investigadas pela 56ª DP (Comendador Soares) e pela 58ª DP (Posse).
Operações
O 20º BPM também está realizando operações para coibir o tráfico de drogas nas favelas Caonze, Coreia e no Morro da Caixa D'Água, em Nova Iguaçu. Segundo o delegado da 56ª DP, Bruno Henrique, ainda não é possível afirmar se há alguma relação entre os crimes.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

JK - JORNAL RJ.